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Presidente do PDT nega participação em suposto esquema de propinas para criação de sindicatos
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, negou neste domingo (26), veementemente as acusações da existência de um esquema para acelerar a criação de sindicatos mediante o pagamento de propinas durante o período em foi ministro do Trabalho. O suposto esquema, que teria sido retomado pelo atual ministro, o pedetista Manoel Dias, foi denunciado pela empresária mineira Ana Cristina Aquino, 40 anos, em entrevista à revista Isto É na edição deste fim de semana (clique aqui).
À publicação, a empresária, dona das transportadoras AG Log e a AGX Log Transportes, disse ter levado R$ 200 mil em uma bolsa Louis Vitton ao então ministro Lupi em 2011 para agilizar os trâmites para a criação do Sindicato dos Cegonheiros de Pernambuco (Sincepe). A ideia, segundo relatou à revista, era abocanhar contratos com as montadoras que se instalariam na região. Se o negócio prosperasse e o sindicato conquistasse bons contratos, Ana Cristina afirmou que Lupi também deveria ficar com parte do negócio.
O político negou conhecer Ana Cristina e ter recebido o pagamento de propina. “Não conheço essa pessoa, nunca tive contato com dela, nunca esteve em meu gabinete e não recebi dinheiro dela. Essa pessoa não tem a menor credibilidade”, disse.
O advogado João Graça, assessor especial do ministro Manoel Dias e homem de confiança do ex-ministro Carlos Lupi, foi por dois anos sócio da AG Log e deixou a empresa depois de a investigação da PF ser instalada. Segundo Ana Cristina, era ele o elo entre as suas empresas e a máfia dos sindicatos no Ministério do Trabalho.
