O Ministério Público Militar denunciou doze militares que dispararam contra o carro de uma família que se locomovia para um chá de um bebê, causando a morte do músico Evaldo Rosa e do catador de material reciclado Luciano Macedo, ferido enquanto tentava ajudar a família em Guadalupe, no Rio de Janeiro.
Os militares foram denunciados pelo homicídio dos dois e pela tentativa de homicídio do sogro de Evaldo, Sérgio Gonçalves de Araújo, ferido na mesma operação. Também estavam no veículo a esposa, o filho e uma amiga do músico, que não foram atingidos. O documento enviado à Justiça Militar ainda denuncia os militares por omissão de socorro, já que eles teriam apenas tentado vistoriar a área após o incidente. Agora, a Justiça Militar terá um prazo de 15 dias para decidir se aceita ou não a denúncia.
Embora 12 militares estivessem presentes no local, apenas dez foram detidos em flagrante logo após o crime, já que os outros dois apenas conduziam os veículos e, portanto, não chegaram a disparar. Em uma audiência de custódia realizada no último dia 10 de abril, a Justiça Militar converteu nove dessas dez prisões em flagrante para prisão preventiva. Apenas o soldado Leonardo Delfino Costa teve liberdade provisória concedida porque foi o único que declarou não ter feito nenhum disparo naquele dia.
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