O grupo de senadores liderados pelo presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), retornou da Venezuela horas depois de desembarcar na capital, Caracas, onde pretendiam visitar presos políticos do país. Viajando a convite dos opositores do governo Nicolás Maduro e das esposas deles, os parlamentares justificaram a viagem como uma “missão política e diplomática”.
O motivo da volta antecipada da comitiva teria sido o bloqueio sofrido pelo ônibus que levava os senadores até o presídio. Sitiados por cerca de meia hora, os parlamentares brasileiros decidiram voltar ao aeroporto, após serem, segundo relatos publicados em suas redes sociais na internet, alvo de “apedrejamento”.
O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), criticou, em sua página no Twitter, a visita da oposição às custas do governo brasileiro. “Senadores brasileiros da oposição vão a Venezuela passear e fazer onda com dinheiro da população e se dão mal”, comentou. “Aécio é ridículo, perde eleição, não aceita até hoje a derrota e agora quer mandar no mundo, se acha o rei do mundo, ridículo é pouco”, criticou em seguida.
“Venezuela: Senadores usaram avião da FAB para fazer política. Se eles podem, eu também quero”, provocou o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), também no Twitter. “Mensageiro da Paz? Porque o Aécio não vai “visitar” o Estado Islâmico?”, questionou.
As críticas de Sibá foram além. O petista classificou os senadores da oposição brasileira de “golpistas” que tentavam conversar com os “golpistas da Venezuela”. “Senadores Tucanos e Demos na Venezuela dizem que até agora o Maduro não os convidou para o almoço”, alfinetou.
Pelo Twitter, os senadores disseram ter imagens da suposta agressão que sofreram de 200 manifestantes pró-governo, que os obrigou a voltar para o aeroporto. O senador Ronaldo Caiado afirmou, também pela rede social, ter filmado o “apedrejamento” que fizeram contra o ônibus em que estavam. Porém, por conta do sinal de internet, não conseguiu enviar o vídeo.
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