A presidente Dilma Rousseff defendeu, no segundo trecho da entrevista ao canal espanhol da emissora “CNN”, transmitida na noite de quinta-feira (9), o direito à livre manifestação tanto no Brasil, quanto na Venezuela. Além disso, Dilma disse não concordar com nenhuma tentativa de rompimento da “ordem democrática”.
“Aqui no Brasil protestam. E se tem algo que é normal para nós são as manifestações”, declarou. “É uma conquista do povo brasileiro e, para mim, um orgulho, principalmente pelo fato de eu ter participado da resistência democrática. Eu sei o que é tortura, sei o que é prisão ilegal”, completou a presidenta.
Segundo Dilma, o governo brasileiro, juntamente com a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), estão auxiliando nas negociações e defendem que a Venezuela liberte os presos políticos do país. “Nós não acreditamos que a oposição deva ser presa, qualquer pessoa que seja, a menos que tenha cometido um crime “, disse à jornalista Patricia Janiot.
Em meio a uma grave crise política no país, os líderes da oposição Antonio Ledesma, prefeito de Caracas, e Chacao Leopoldo López, ex-prefeito da capital, foram presos pelo governo venezuelano. “Temos hoje um absoluto interesse para que haja uma maior liberação, que esses presos sejam soltos, e que não tenha mais essa violência nas ruas”, defendeu a presidenta. Dilma também criticou as medidas de “boicote” ao governo e que, segundo ela, “segregam o país”.
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