Cerca de 24 horas depois da Procuradoria Geral da República apresentar ao Supremo Tribunal Federal 54 nomes de autoridades envolvidos no esquema investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e pedir a abertura de 28 inquéritos, o PSOL cobra do ministro do STF, Teori Zavascki, a divulgação desses nomes e lança a campanha: “Dê os nomes, Teori”. Até agora, o PSOL foi o único partido a se manifestar sobre a nova etapa da Operação Lava Jato, que é a apresentação pelo Ministério Público dos nomes das autoridades públicas envolvidas com o esquema pernicioso e corrompido dentro da Petrobras.
“Queremos a divulgação dos nomes das autoridades públicas“, afirmou o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ). “Os nomes tornando-se conhecidos oficialmente, defenderemos o óbvio: que cada parlamentar investigado se afaste de suas funções na Mesa Diretora e da presidência de comissões, tanto na Câmara como no Senado, além de acionarmos o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar”.
A mesma postura, o PSOL exigirá do Poder Executivo, que ministros e os que ocupam funções do escalão federal se afastem de seus cargos. Para Chico Alencar, figuras do Executivo envolvidas na Lava Jato devem adotar a postura do ex-ministro da Casa Civil no governo Itamar Franco, Henrique Hargreaves, que se afastou da função durante investigação de suspeitas de corrupção denúncia, posteriormente, confirmada como infundada e que resultou no retorno de Hargreaves.
“Queremos que tudo seja investigado em profundidade e que não haja pelo Legislativo e Executivo espíritos de proteção”. A campanha “Dê os nomes, Teori” caminhará junto com a “Devolve Gilmar”, em referência à análise da Ação Direta de Inconstitucionalidade sobre o financiamento empresarial de campanha, que está no STF e há um ano encontra-se sob pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. “Nós vamos continuar incomodando e falando de corda em casa de enforcado”, afirma Chico Alencar.
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