Apesar de quase metade da Câmara dos Deputados ter sido renovada nas eleições de 2014, um padrão seguirá o mesmo: oligarcas e seus filhos, netos, cônjuges, irmãos e sobrinhos seguirão dando as cartas na legislatura que se inicia em 2015.
A constatação é do mapeamento da Transparência Brasil, entidade comandada pelo matemático Claudio Weber Abramo. Ela aponta que 49% dos deputados federais eleitos têm parentes políticos , número cinco pontos percentuais acima de levantamento idêntico realizado pela Transparência Brasil em junho deste ano com os representantes eleitos em 2010. Entre os senadores, o percentual sobe para 60%.
Os números são mais altos entre congressistas jovens, nordestinos e mulheres. Embora nada haja de ilícito com políticos alavancarem parentes ou serem por eles promovidos, a transferência de poder de uma geração a outra da mesma família pode provocar tanto a formação de uma base parlamentar avessa a mudanças significativas como a perpetuação no poder de políticos tradicionais desgastados.
O relatório completo pode ser acessado na seção Estudos e Relatórios do projeto Excelências, clicando aqui.
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